Nos dias de hoje tudo se molda e tudo se transforma em redor de conceitos predefinidos pela sociedade. A vida que levamos segue o rumo natural de ideologias plantadas de forma subtil na nossa consciência, e sem nos apercebermos caminhamos todos para o mesmo fim. Somos todos iguais – numa ampla abrangência do Ser – seguimos um modelo standard que alguém se lembrou de desenhar e não corremos riscos. O dia-a-dia reflecte a rotina aborrecida a que nos obrigamos, sempre a desejar que fosse diferente, mas sem nunca tentar mudar. E assim vão passando os dias, os meses, os anos, a vida inteira, até que finalmente, mas já sem a força necessária, a sabedoria toma conta da nossa consciência e nos arrependemos. Tudo podia ter sido diferente se ao longo dos anos em que vivemos na escravidão do hábito e da comodidade, tivéssemos tido a coragem para seguir os nossos sonhos. O arrependimento é um sentimento que aos poucos nos consome e só o tempo é capaz de o suavizar, mas nunca de o eliminar. Deixar algo por fazer pode ser um fardo demasiado pesado para se carregar. A nossa missão deve ser cumprida durante a passagem pela esfera terrestre. É importante termos a consciência que todos somos livres de fazer o que nos traz equilíbrio. É importante libertarmo-nos de preconceitos e seguirmos o nosso instinto. A vida não resume a ir para a universidade porque os pais obrigam, deixando de lado o sonho de trabalhar na terra; a empregos que detestamos porque nos trás dinheiro e estatuto social mas que nos tiram horas com a família e com os amigos; ou a ter filhos porque é o que se exige quando se está junto com alguém, deixando de lado a aventura de conhecer o mundo. O universo sabe que por mais que tentemos forçar o rumo dos acontecimentos, cada um de nós tem o seu próprio tempo e as mudanças têm os seus momentos. Ser diferente é sermos nós próprios.
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