O Sol ainda não tinha nascido. No entanto, todos os discíplos do Ashram tomavam o seu lugar para dar início à meditação diária. Cada um, à sua vez, sentava-se num dos lugares. A tranquilidade reinava naquele lugar, iluminado apenas pelo lusco-fusco do Nascer do Sol antecipado.
O Sol raiava e, à medida que a luz intensa descia e percorria as faces de cada um dos discíplos, um sorriso quente iluminava o rosto de cada um. Estavam a receber a Energia do Sol Nascente, e sentiam o coração brilhar de amor, gentilmente oferecido por esse magnífico Ser – O Sol.
Todos os dias, esta era a rotina. O Mestre explicava que era importante receber a energia do Deus Sol, e que isso iria dar a energia necessária para o resto do dia e, dessa forma, preparar-nos para as exigentes tarefas de crescimento pessoal de cada um.
Certo dia, mesmo sendo ainda noite, dava para perceber que o céu estava emcoberto. Um pequeno aprendiz apercebeu-se disso e, quebrando o típico silêncio que antevia a meditação, perguntou:
– Mestre. Hoje não há Sol. Sem a energia do Sol, como faremos a Meditação?
O mestre nada respondeu, tomou o seu lugar junto com os outros alunos. O pequeno aprendiz tomou também um dos lugares e ficou a observar o Mestre e os outros discíplos.
O Sol raiava e, à medida que a luz intensa descia e percorria as faces de cada um dos discíplos, o Mestre nesse dia respondeu ao jovem discíplo:
– Só porque não conseguimos ver o Sol, não quer dizer que ele não esteja lá, a radiar a sua brilhante energia.
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