Há dias encontrei um artigo muito interessante no mural de alguém. Esse artigo era relativamente a uma entrevista com o Bastonário da Ordem dos Psicólogos.
O artigo referenciava que de repente houve um “boom” de coaches, e que o coaching era área da psicologia, além de se sentir ofendido porque de repente todas as pessoas que faziam cursos de 2 dias se denominavam de Coaches. Sim, isto porque de repente no mercado são feitos diversos cursos de fim de semana e a maioria das pessoas sai de lá a dizer que é Coach.
Reconheço que às vezes parece “fashion” dizer isso mas garanto-vos: ser Coach e sentir o Coaching é algo bem profundo, por isso não é difícil reconhecer um Coach que vive e respira a sua profissão.
Mas voltando ao tema, de facto é uma verdade que muitos após dois dias de um curso se intitulam de Coaches, mas e qual o problema questiono eu?
Pode-se ser Coach Pessoal fazendo o seu próprio processo de Auto-Coaching – eu própria faço esse processo diversas vezes ao longo do ano.
Sou apologista que todos deveriam ter acesso a formação/informação/ferramentas que lhes permitam fazer trabalho de desenvolvimento pessoal, desenvolver a sua inteligência emocional, por isso, fazer um curso de fim de semana, parece-me uma excelente opção para quem não tem essas ferramentas e deseja ter esse mesmo acesso.
Quando eu fiz a minha primeira certificação, a mesma durou quase 1 ano, entre aulas teóricas, práticas e interiorização do processo. A segunda foi basicamente no mesmo caminho, dediquei-me bastante e continuo a fazê-lo sem qualquer hesitação e total entrega.
Porque a grande diferença de tudo isto é, quem verdadeiramente percebe e entende o processo como instrumento de mudança, de transformação, e olha para as pessoas com a responsabilidade de ter o outro à sua frente, olhando-o com olhos de ver e sentir e colocando em cima da mesa todo o seu mundo de possibilidades.
Um Coach não é um Psicólogo – pode sê-lo, estudando para o efeito. No entanto, eventualmente, um Psicólogo pode ser um Coach. Mas não é por acaso que, nas formações que frequento, vejo cada vez mais Psicólogos e Profissionais de Saúde a frequentar as mesmas. E acho de uma grande humildade o reconhecimento da falta das ferramentas, muitas vezes existentes mas dispersas e da necessidade dessa estrutura nos seus currículos.
Agora, não podemos colocar à margem nem sequer duvidar do profissionalismo de um Coach, apenas porque não é Psicólogo. Porque, assim como há Coaches profissionais, e que sabem até onde vai o seu limite de actuação e que fazem trabalhos fantásticos, há também os que não o fazem. E para os que não fazem, desculpem-me mas tanto existem Coaches como Psicólogos. Assim como há Psicólogos que, apesar de conhecerem as ferramentas, as querem aperfeiçoar e as ver numa perspectiva maior.
Por isso, caros Amigos, tenho-vos a dizer que existem bons Coaches e existem bons Psicólogos, mas também existem os menos bons – de uns e de outros.
Acredito que uma coisa não influencia a outra, a verdade é que existem excelentes profissionais de um lado e de outro e não se pode reduzir o seu grau de actuação e importância na nossa sociedade, apenas porque sim!!!
Eu, sempre que tenho à minha frente uma pessoa que apresenta alguma patologia, seja de grau menor ou maior, sou a primeira a direccioná-la para o acompanhamento médico correcto. Mas também Vos digo, quando à minha frente me aparece alguém perdido, sem objectivos, ou que perdeu o rumo, ou quer descobrir apenas os seus potenciais, saiam da frente porque é meu e eu agarro o processo com toda a determinação, para chegarmos juntos mais longe.
Da minha parte, vivam os bons profissionais e vivam os Coaches – onde me incluo – com vontade enorme de fazer pelos outros, e de dar às suas vidas a importância que elas têm.
Sem qualquer pretensiosismo, ou falta de humildade, mas com uma grande paixão pelo que sou e Amo fazer.
Vanda Santos | EneaCoach
Transforma a tua Vida de acordo com o que Tu és. (Eneagrama | Coaching)
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