Na sequência do Dia Mundial da Água, celebrado no passado dia 22, partilho aqui algumas curiosidades sobre este recurso cada vez mais escasso.
E porque uma imagem vale mais do que mil palavras, segundo a ferramenta Aqueduct© do World Resources Institute, e um trabalho realizado no âmbito da minha atividade profissional, é estimado que em 2020, um futuro bem próximo, e em 2040, o stress hídrico na Península Ibérica se intensifique de forma a que praticamente toda a área esteja sujeita a níveis elevados ou muito elevados de stress hídrico:
Baseline Water Stress: este indicador mede o rácio entre a captação total de água no ano e a disponibilidade total de água dos recursos hídricos renováveis no mesmo período. Quanto maior o valor do indicador, maior a competição entre utilizadores de água.
Aos mais interessados pelo assunto recomendo o artigo do Público “Num mundo cada vez mais árido, a água vai perdendo terreno”. Nele encontram informação útil sobre esta temática, incluindo o índice de seca em Portugal, e o caso de estudo da Cidade do Cabo que demonstra que os impactos são não só ambientais, mas também sociais e económicos.
Devido à seca extrema que se faz sentir naquela cidade da África do Sul, os seus habitantes apenas podem consumir 50 litros de água por dia. Em Portugal, com este volume de água apenas tomamos um duche de poucos minutos!
À partida podemos achar que não há muito por onde poupar no nosso dia-a-dia. Por isso partilho com vocês uma medida que implementei em casa da minha mãe há já uns anos: coloquei duas garrafas de 0,5L, cheias de água, dentro do autoclismo, sem prejuízo da eficácia da descarga. Como não é possível gerir a quantidade de água descarregada, tem-se poupado um litro de água em cada descarga.
Não deixemos que apenas eventos extremos nos façam tomar iniciativas de redução de desperdício de água.
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