Contem-me. Como está a vossa destreza?
Pedir 12 desejos,
Contar doze passas
Subir ao banco
Abrir a garrafa de champanhe
Comer as passas,
Ah, tudo ao pé-coxinho
brindar ao novo ano… abraçar!
Conseguiram fazer tudo isto, à meia-noite, do dia 31 de Dezembro?
Eu treino há anos, mas confesso-vos, contínuo sem conseguir, dar alguma harmonia a este ritual.
Mas talvez desta completa desarmonia, nasçam as primeiras gargalhadas do ano, que acaba de nascer.
Deseja-se saúde, amor, paz, dinheiro. Deseja-se transformar a energia do fogo-de-artifício, em força interior…
Queremos que a alegria daquele momento fique em nós, para sempre. Rimos, dançamos, meditamos, beijamos, choramos e os minutos sorrateiros, passam velozes por tantas emoções e quando lhe voltamos a dar atenção, já o ano que era acabado de nascer, gatinha veloz, sem olhar para trás!
Quantos já sopraram um dente-de-leão?
Viagem imprevista à infância?
Fantástico! Deixem-se ficar por lá um pouco. Vejam-se nas correrias e nas brincadeiras, nos raspanetes e na inocência.
Não havia grande passado para recordar e o amanhã era distante, tão distante, que não nos ocupava tempo e então eramos presente. As horas preguiçosas, tornavam longos, os dias e os joelhos iam somando marcas, de tombos de criança.
Convido-vos a colher carinhosamente um dente-de-leão. Agora sentem-se e observam a bola de algodão que seguram entrem os dedos.
(Consigo ver-vos um sorriso)
Parece lua?
Mas já foi sol!
Oráculo, superstição
Energia, otimismo
Renascimento, mudança
Viagem, liberdade
Sementes presas,
Um sopro suave
E eis que se soltam!
Primeiro a medo
E de repente…
Liberdade!
Espalham-se pelos ares
Levam desejos
Retornam sonhos.
É o sopro da esperança
Traz ventos de mudança!
Que entrem incertezas
Que a magia do universo
nos traga surpresas!
Agora levantem-se.
Muito importante, mantenham esse sorriso. Por favor, nunca o percam de vista, vai ser vosso companheiro, na jornada que se avizinha.
Vamos trabalhar?
É hora de tirar os fantasmas do armário, dar-lhes uma boa sacudidela, pô-los ao sol!
Já que vamos sacudir, aproveitemos para sacudir ódios e raivas, medos e rancores.
Os dias ficarão mais leves, o coração mais solto. Estaremos mais aptos para perceber cada ensinamento, para agradecer cada bênção.
Todos os momentos são bons para renovar esperanças, mas deixemo-nos embalar pela energia boa, que nos traz cada novo ano.
Que seja pois, este ciclo, um período de descobertas, muitas descobertas!
Recomeço!
O ano ainda agora dá os primeiros passos, e acreditem, já grandes desafios me esperam, é o Universo a lembrar-me que não posso parar de lutar pela minha felicidade, pela minha paz.
Se tenho medos?
Claro que sim!
Mas estou cheia de força e sei que amanhã, vou olhar para trás e agradecer mais este revés no meu caminho.
Que 2020 vos leve, nas asas dos sonhos!
Ângela Rego (Foto)
Paula Cristina Castanheira (Texto)
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