Pela primeira vez em anos que escrevo para o Viver a Cores não consegui entregar o texto as horas, claro que para uma perfeccionista isto é duro, mas por outro lado foi a primeira vez que não entregando também não fiquei a sentir-me culpada…risos… e por que escrevo isto?
Resposta muito simples, precisamos nos permitir de vez em quando simplesmente não ser a perfeição que se quer ou se pretende, mas simplesmente viver o que puder da melhor maneira que puder. Digo muito isto para os meus clientes, alunos, amigos e filhas, porque a vida esta a decorrer já e nem sempre conseguimos ir a todas e aí entram as prioridades ou possibilidades. Quantas vezes consegue viver as suas prioridades ou consegue lidar com os limites e possibilidades?
E com isto chegamos a um ponto crucial para a saúde, saber quem se é e como viver-se sem dar cabo do seu próprio juízo ou do juízo dos que convivem consigo. Que tipo de pessoa você é, uma pessoa mais extrovertida ou mais introvertida? Gosta mais do sossego ou da agitação? E como vive estes dois estados?
Como terapeuta, cada estado de espírito me leva a um tipo de proposta de terapia, uma forma de tratar a pessoa e de atuar. Como mãe temos filhas que compreendem os dois tipos de pessoas: introvertida e extrovertida. O que isto significa na prática?
O significado disto é que uma temos que promover o sossego para uma e para a outra o movimento. Sendo o movimento para a sossegada e o sossego para a mais mexida… sem perderem quem são e sem dar cabo das rotinas de família ou mesmo da harmonia familiar. Por isso, compreender quem somos ajuda a aceitar os filhos que temos, os companheiros que temos, os amigos com os quais nos damos… tudo passa por olhar honestamente para quem somos e saber com o que contamos ou não.
Vejo imensas pessoas que são mexidas a casarem com gente sossegada e depois querem que o outro mude, mas não foi exatamente a paz deste ser que conquistou você? Então qual a razão de o querer mudar? Sim, precisamos pensar e parar de perseguir a ilusão, começar a agir com maturidade e viver melhor quem se é.
Há imensos trabalhos e profissionais que ajudam estes processos, porque cada um é mundo próprio e precisamos de mais pessoas de bem nas suas próprias pele, nas suas formas de ver e viverem o mundo, seres únicos a fazerem o que só cabe a eles fazerem. Já pensou nisto? Já pensou que você próprio é único e que tudo o que faz muda não só a sua vida, mas modifica tudo a sua volta?
Todas as pessoas contam, todas as ações contam, então vamos aproveitar bem o nosso tempo e descobrir como podemos ser mais nós próprios e fazermos a diferença no mundo.
Bora respeitar as diferenças!
Feliz Fevereiro!
Jaqueline Reyes
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