A Família é algo fundamental, mas será que nos pode moldar para o resto das nossas vidas?
O papel de Mãe e Pai numa criança é fundamental, pois são as primeiras pessoas que falam conosco, que brincam, que ralham, que ensinam e que – em grande – parte nos moldam para o resto da Vida!
Mas será que é mesmo assim? Será que precisamos de ser eternamente dependentes da Família? E as nossas vontades? E os nossos pensamentos?
Claro que existem Familias que têm por base o respeito das vontades de cada um como ser individual. Mas muitas vezes esse processo nem sempre acontece, porque a verdade não é de ninguém e é sempre mais fácil decidir pelo mais fácil. Ou seja, o que a sociedade nos impõe. Assim não teremos de enfrentar os nosso próprios receios e as vozes exteriores que afectam a nossa insegurança.
Mas porque nos afecta tanto a opinião da nossa familia quando começamos nós próprios, a pensar de outra forma e, conforme crescemos na vida, a ver as coisas com outros olhos?
A Família de sangue é isso mesmo, é de sangue. Está ligada apenas e só pelo mesmo sangue. Deve ter por base o Amor, mas não deve condicionar a nossa Felicidade. Deve sim, sustentá-la.
E depois temos a Família de Amigos? Colegas? Conhecidos? Professores? E tantas outras influências que nos passam na vida. Estes também são importantes, porque todos fazem parte do nosso crescimento como Seres.
Mas, e se começarmos a pensar de maneira diferente daquilo que são os padrões da nossa Família?
Aí sim. Tudo se desmorona. E o conflito interno parece que toma conta de nós. Além de que, aos olhos da nossa Familia… BUUMMMM! Parece que endoidecemos!
Mas não endoidecemos aos olhos da nossa Família de Amigos, aqueles que estão lá sempre, que talvez até saibam mais coisas do que a tal Família.
Mas afinal, porque isto acontece e nos afecta tanto?
Chega a uma altura da vida que temos de quebrar os laços da Família e pensar por nós próprios. Ter a coragem de assumir as ideias diferentes e admitirmos que somos um e apenas um. Nós próprios e mais ninguém! E com isto não quer dizer que não amemos a nossa Familia e que ela não continue a ser importante. Porque o é, e sempre será. Afinal de contas, ela é o nosso pilar, a nossa esctrutura de crescimento. Tudo o que somos, o que desejamos Ser (e não Ser) também o devemos a ela.
No entanto, a Familia não deve ser fonte de desarmonia, de desamor, mas sim de respeito individual de União e de Amor.
Apartir desse momento, começamos a ver a vida de outra forma. Sem críticas e exageros, até porque, a partir desse momento, o que realmente importa é a redescoberta do nosso ser sem condicionalismos. Já não precisamos de pedir opiniões e avales – mas serão sempre bem vindas se vierem com Amor e Compreensão!
Afinal, crescemos e pensamos por nós próprios!
Seremos mais felizes assim?
Vamos ver!
Vera Matos
(P.S. depois conto-vos.)
Uma coisa, eu sei. Eu amo a minha Familia. Sempre sonhei com a sua união e compreensão individual, e descobri que, afinal, nem sempre ocorre da forma, como desejamos. Afinal de contas, cada um daqueles que integra este agregado está a viver o seu processo. E a melhor forma de viver em harmonia é respeitar isso, respeitando-me.
Por isso, em consciência, eu estarei sempre lá para eles. Mas agora estou aqui para mim, pois preciso de Viver e Amar-me. De alguma forma, foram eles que me ensinaram a acreditar neste momento, neste “agora” que eu valho a pena.
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