Assim que entramos neste mundo e largamos o conforto materno, agarramos a vida com as duas mãos recebendo a primeira lufada de ar com um grito de revolta: estamos vivos. A vida começa desde o primeiro segundo para aqueles que têm a sorte de a receber; é tão triste quando alguém se perde pelo caminho da iniciação. Depois de estranharmos o que nos rodeia e nos ambientarmos ao novo mundo, algo nos diz que é o momento de começarmos a aproveitar todos os minutos que se vão transformando em anos de aventuras vividas na incerteza de um destino atravessando um longo caminho ao qual chamamos: vida. É a nossa vida, a vida de quem tem de aprender a brincar, a sofrer, a amar e a deixar partir aqueles de quem tanto gostamos mesmo quando isso nos custa o coração arrancado à força do nosso peito sem pedir por favor. É assim a vida, um caminho longo de aprendizagem que percorremos como um rio de correntes fortes desbravando o desconhecido em direcção ao mar; estende-se até onde o nosso corpo deixar. Por fim a carcaça moribunda que carregamos envelhece e ficamos à espera que ao adormecermos os nossos olhos se fechem para sempre. O nosso espírito segue o seu caminho para uma nova vida.
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