Nos dias que correm, os maiores aglomerados populacionais concentram-se nas cidades que, para muitos de nós nos viu crescer ou, por outro lado, nos acolheu para estudar ou para o emprego que nos prometeu a felicidade plena em troca de várias horas de trabalho longe dos amigos e da família, e é aqui que somos constantemente aliciados com necessidades e informação supérfluas que desviam a nossa atenção do que realmente é importante para nós enquanto seres livres de pensamento. Vivemos rodeados de excesso de meios publicitários e noticiosos que através de mecanismos pensados e estudados para nos atingir certeiramente como flechas disparadas por arqueiros reais no decorrer de uma batalha, procuram controlar cirurgicamente as nossas emoções. E é certo que tais ferramentas manipuladoras construídas com a precisão de um relógio suíço, directa ou indirectamente, conseguem, nem que seja por poucos instantes, fazer-nos hesitar e abrandar o passo no caminho que levamos. Mensagens persuasivas que nos moldam os pensamentos, noticias falsas que afectam o nosso discernimento e promessas impossíveis de felicidade e satisfação através de atalhos, são descarregadas em grandes quantidades como uma barragem que chegou ao limite da sua capacidade. É certo que hoje vivemos no mundo do consumo e da informação, mas é nosso dever saber filtrar o que realmente importa. Não quer dizer que o caminho correcto seja o fingir que o que está à nossa volta não existe. O importante é sabermos escutar com atenção as mensagens que nos chegam e qual o seu propósito; demonstra sabedoria procurar o conhecimento quando nos confrontam com informação que não reconhecemos. Não é saudável agirmos por impulso ou tomarmos partidos através de noticias falsas; os actos irreflectidos podem trazer o arrependimento e, acreditar apenas no que se ouve pode levar-nos a sentimentos desagradáveis. Somos todos seres capazes de reconhecer o que nos completa. É importante estarmos atentos.
You must be logged in to post a comment.