A nossa personalidade é formada com base nas nossas vivências, nas pessoas com quem convivemos e naquilo que nos ensinaram. Ou seja, se tivessemos nascido noutra cidade completamente diferente, ou se tivessemos andado noutra escola ou nos tivessemos dado com pessoas completamente diferentes, nós mesmos seriamos completamente diferentes e teriamos outros valores, mas quais? Nunca saberemos. Quer queiramos, quer não, a nossa personalidade é formada com base em vivências e em factores que nos rodeiam.
Como adolescente posso confirmar que é na dita adolescência que formamos a maior parte da nossa identidade. Sendo assim, quando começamos a criar a nossa personalidade temos como uma das bases um ídolo, este pode ser um artista, um professor ou um familiar.
Sendo que estamos no início da personalidade, e ainda não há muito para ver, começamos a viver a vida desse ídolo, sabemos tudo da vida dele e onde é que ele anda, este ídolo, sim, costuma ser um artista famoso. Para algumas pessoas isto pode parecer preocupante, eu acho que não. O facto de estarmos “obcecados” com a vida dele quer dizer que estamos a ver e a observar, quase que a tirar notas, como numa aula e não fechados numa caixa à espera que o mundo venha ter connosco. Nós sim vamos ter com o mundo. Assim, existem ainda os fandoms, clubes de fans do mesmo ídolo e acabamos por fazer vários amigos dentro destes clubes.
Esta necessidade de ter um ídolo por quem nos guiarmos parte do facto de nós estarmos a iniciar a formatura da nossa personalidade e sem nenhum ponto de partida, precisamos de uma luz ao fundo do túnel e acabamos por pegar naquela pessoa que nos parecer melhor.
Arranjar um ídolo não é necessariamente mau, apenas temos de saber escolher, ter um pouco de consciência e saber também pensar um pouco pela nossa cabeça. Este ídolo acaba por ser escolhido pelas circunstâncias e mudado constantemente com as outras circunstâncias, assim acabamos por formar uma personalidade com base numa pessoa.
Na sociedade em que vivemos os ídolos já tem a consciência que são referências e acabam por ter em consideração que as suas ações vão ter consequências. Mas claro isto apenas alguns, pois existem outros que são diferentes. Isso é bom porque se fossemos todos iguais onde estaria a originalidade? Onde estariam os novos pensamentos e as novas ideias?
Por isso existem diferentes ídolos para os diferentes gostos que se formam.
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