Esta é tantas vezes a afirmação que mais oiço ao longo dos tempos – eu própria a fiz diversas vezes ao longo do caminho. Hoje, creio que não a faço tantas vezes. Talvez perante alguns desafios tenha essa tentação, mas hoje, com mais serenidade, vou abraçando – mesmo que com resistências – as necessidades de mudança.
Mas, voltando ao que vos contava, muitas vezes sou abordada sobre “como é possível mudar?”, sendo que muitas vezes é difícil e considerado algo inatingível. Na verdade, não o é. Mas, para qualquer processo de mudança é preciso haver o Clique da Motivação – ou pela via da consciência, ou pela via da dor pela consciência. Por mais que queiras ou desejes que alguém mude, isso nunca acontecerá se na verdade essa pessoa não desejar que isso aconteça, que esse despertar tenha ocorrido nessa pessoa – ou em Ti. 🙂
Eu própria fiz muitas mudanças ao longo do tempo. Umas vezes na vida amorosa, outras na familiar, na profissional, na forma como encarava a vida, o meu corpo, o meu lado racional, ou espiritual. E o engraçado das mudanças é que umas levam a outras. Como se fosse uma espécie de escada que, ao subir um degrau, de seguida outro se apresenta até chegares onde pretendes. Quando mudas uma coisa, a tua percepção sobre outras tantas muda, por isso é impossível ficar indiferente a mudanças subsequentes mesmo que subtis.
Na maioria das vezes, as mudanças não se apresentam fáceis, mas acreditem que tudo se torna mais fácil quando as fazemos com ACEITAÇÃO.
Costumo dizer que a mudança é um processo:
- Dor e/ou Descoberta da necessidade de Mudar.
- A Dor da Mudança.
- A Aceitação de que esta é precisa, abraçando-a.
- Mudança em acção.
- A Alegria e os benefícios da Mudança
Dou-vos alguns exemplos:
- Quando achamos que a maior parte dos nosso problemas são o outro, a pergunta é o outro ou a nossa aceitação pelo outro?
- As situações, ou a forma como as encaramos?
- Se a nossa mãe ou o nosso pai não nos aceita, porque isso deve ser impedimento e motivo de vitimização? Porque não mudar o curso da nossa história e libertarmo-nos desses padrões condicionantes?
- Se o nosso emprego é sempre mais do mesmo, não nos preenchendo nem trazendo o reconhecimento merecido, o que fizemos para que fosse diferente? Falámos com o nosso chefe, tentando alterar isso? Procuramos um novo desafio? Até que ponto estamos dispostos a receber um pouco menos para encontrarmos a nossa realização? Então afinal de que nos queixamos?
- Se estamos sozinhos e ainda não encontramos o Amor da nossa Vida, que faremos? Nada? Ficamos à espera de ser Felizes, à espera que ele chegue, ou simplesmente vamos ser Felizes? E que tal fazer uma viagem? Que tal passear, mimar-te? E que tal ajudares o Universo nessa procura, disponibilizando-te a isso?
- Se a vida não te corre bem, de que adianta lamentares-te? Na verdade, o que estás a fazer para que seja diferente? Será que, mesmo fazendo, já puseste outras hipóteses?
Existem circunstâncias da Vida que nos levam a determinados caminhos, mas são também essas circunstâncias nos levam a descobertas, a libertarmo-nos do padrão da pena, da vitimização, de que tudo é mau, e de que o mundo está contra mim. Pensa bem, essa é a parte mais fácil: que tudo e todos tenham pena de Ti!!!
Afinal de contas, vivemos sob aquilo que mais desejamos – o síndrome do Coitadinho – tanto pelos que gostam de ver e dar palmadinhas nas costas, como por aqueles que vivem esse papel, mesmo que não lhes tenha sido destinado.
Sim. Lutar, por vezes custa. Abandonar conceitos ou preconceitos, ouvir criticas de quem não deseja mudar mas que tem sempre algo para dizer, não sendo as palavras de encorajamento que precisamos. Mas LUTAR traz outras vantagens, além da Mudança, traz a certeza de sermos capazes, traz novas perspectivas, traz a capacidade de transpor limites, traz a vontade de ser melhor, traz para o resgaste do nosso Poder Pessoal.
Mudar, precisa-se.
Não falamos em mudanças pessoais, falamos também em mudanças de consciência, de humanização, em mudanças por um Mundo Melhor. Mas essas mudanças começam em TI.
Boas Mudanças! 🙂
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