São tantas as vezes que numa vida regada de acontecimentos desencadeados por actos praticados desde que nascemos e que nos acompanharão até ao dia da libertação para um outro plano, que o nosso corpo dá por falta de um porto de abrigo ou até mesmo compreensão. Alinhado com aquilo que o nosso cérebro debita, por vezes a velocidades estonteantes que se torna difícil compreender toda a mecânica complexa que existe dentro de nós, ficamos vulneráveis a sensações das quais não nos sentimos muito à vontade ou, simplesmente procuramos esconder para não darmos parte fraca perante as multidões que circulam à nossa volta. No entanto é tão difícil resistir a alguém que trás consigo um ABRAÇO para nos oferecer. O simples acto de apertar entre os braços, transportando o amor, o carinho, a gratidão ou a amizade, é algo que nos deixa desarmados de preconceitos. Por mais resistentes que tentemos ser lutando contra o nosso subconsciente, algo em nós obriga-nos a baixar as defesas naturais, quando o nosso corpo reclama por um aconchego tranquilizador. São nesses momentos que o ABRAÇO de alguém nos conforta como se repusesse toda a energia que nos é sugada pela tristeza de caminhos percorridos sem as certezas de outrora. O efeito de um ABRAÇO tem a capacidade de rejuvenescer a alma de qualquer pessoa. O entrelaçar de braços leva-nos a sentir o bater do coração de alguém que está disponível para nós; sentimos o seu calor, a sua respiração, a sua força protectora. Por vezes palavras são sussurradas quase que ao sabor do vento, palavras de amor, de amizade, de coragem, de carinho ou de incentivo. Todas juntas transportam aquela mensagem. A energia emanada de um ABRAÇO trespassa os corpos e aquece a alma; duas pessoas, tornam-se numa só, completam-se, complementam-se, e muitas vezes, esses segundos, valem mais do que mil palavras ditas. Oferecer um ABRAÇO a alguém pode salvar uma vida.
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