O nosso corpo é o reflexo do nosso Ser e isto pode ser observado de muitas formas. Conseguimos reconhecer que um determinado texto é de alguém e dizer “isto seria mesmo o que ele escreveria!”. E isto acontece, não só porque aprendemos a identificar padrões das outras pessoas, mas também porque há algo de nós que passa na mensagem quando comunicamos com alguém.
Isto significa, em primeiro lugar, que a comunicação começa no nosso Ser – no nosso íntimo – e manifesta-se na nossa maneira de ser, nos nossos hábitos, na nossa maneira de vestir, comer, etc. Somos quem somos e, inevitavelmente, manifestamos essa existência na nossa maneira de Ser.
Há uma forma muito simples de entender isto. Se estamos contentes, sorrimos, rimos, gracejamos, ficamos alegres. Mas, se estamos tristes ou mais em baixo, o nosso corpo vai também reflectir essa tristeza. Perdemos a vontade de rir, choramos, ficamos abatidos. O nosso corpo manifesta o nosso estado emocional. Podemos dizer que o nosso estado de espírito e a nossa maneira de Ser, reflectem-se de forma indelével no nosso corpo.
Tendo isso em mente, podemos fazer o exercício ao contrário: ficamos doentes porque há algo dentro de nós que não está bem, está em desiquilíbrio, e esse desiquilíbrio cristaliza sobre a forma de doenças e incapacidades no nosso corpo. Descuramos muitas vezes as pequenas maleitas do nosso corpo, aquelas que apenas nos incomodam. Não damos atenção e passam a fazer parte de nós até à banalidade. Esquecemo-nos de que estas doenças dizem muito do que está certo e errado connosco (bem no íntimo do nosso Ser). São mensagens, um verdadeiro pedido de resgate do nosso Ser Interior para nos curarmos, para regressarmos ao nosso reequilíbrio.
Isto tem vindo a ser estudado por muitos terapeutas, até ao ponto de já termos disponíveis verdadeiros compêndios das relações entre os desiquilíbrios internos e o seu significado mental, emocional e espiritual. Porque, se queremos estar bem e viver a vida em pleno, temos de dar atenção às nossas doenças, não apenas por uma questão de saúde física ou estética, mas por uma questão de saúde completa. Se queremos verdadeiramente curar algo em nós, temos de procurar além do físico e olhar para a raiz do nosso Ser. Curarmo-nos, mas de forma completa – Física, Emocional e – até – Espiritual.
Afinal de contas, se escutamos o nosso médico para nos aconselhar, medicar e tratar do nosso corpo físico, que tal ouvirmos o nosso corpo em primeiro lugar? Ele está ali, constantemente, a dar-nos dicas sobre o que está certo e o que está errado.
E, mais interessante que tudo, é como podemos provocar um equilíbrio interno, através do incentivo do corpo para reequilibrar a nossa mente e o nosso Ser. 🙂
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