Trapos, trapinhos.
Coser, chulear, alinhavar…
Alfinetes, agulhas, linhas, moldes…
Quem não tem em casa, pedaços de tecidos?
E um botão solteiro?
Porque não pegar nestes restos, para lhes dar nova oportunidade?
Executar trabalhos com as nossas mãos, é uma terapia fabulosa. Esquecemos preocupações e acrescentamos doses consideráveis, de bem-estar à nossa existência.
Há muito que queria fazer sardinhas. Porquê, não sei. Sei que queria e isso foi suficiente para por mãos à obra.
A costura nunca foi uma área que me atraísse. Mas para este projeto, precisava dela e então resolvi desafiar a Mami, para me ajudar.
E acreditem foi uma ideia incrível. Divertimo-nos imenso!
Entre moldes, cortes, alinhavos, chuleados e alfinetes, vieram memórias de outros tempos e enquanto fazíamos nascer as nossas simpáticas sardinhas, rimos muito. Claro que o sentido de humor do Papi, ajudou à pescaria 🙂
Agora, é com enorme orgulho que apresentamos o nosso ‘pescado’ (a 4 mãos), ao mundo. Garanto-vos que estes trabalhos, podem ser excelentes caminhos, para juntar a família, em dias de chuva.
Podemos fazê-las grandes ou pequenas. E aproveitando diversos restinhos de outros materiais, damos um toque completamente personalizados aos nossos trabalhos.
Joguei com os diversos retalhos que tinha em casa e resolvi, para cada peixinho, colocar diferentes tecidos em cada um dos lados. Para a cabeça, usei pedacinhos de quadrile branco, que a minha amiga Ana Dias me deu.
Prontos para esta nova aventura?
Aviamentos
- Molde de sardinha em cartolina
- Retalhos variados de tecidos
- Material para enchimento
- Botões coloridos e pequenos
- Tecido branco
- Fio barbante
- Restos de rendinhas ou outros materiais
- Linhas
- Alfinetes
- Agulha de coser
- Agulha de croché
- Tesoura
- Giz para marcar tecidos
Execução
Desenhei a sardinha e recortei-a em cartolina.
Desenhei a parte da cabeça e recortei-a igualmente em cartolina.
Cortei retângulos (adequadas ao tamanho das sardinhas), de diversos tecidos. Coloquei-lhes o molde por cima e desenhei-o no pano, com a ajuda de um giz marcador de costura.
Cortei de acordo com o desenho. Atenção que cada sardinha, tem dois lados simétricos e por isso temos de cortar, os tecidos, uns do direito e outros do avesso.
Cortei o tecido branco, com o formato da cabeça.
Agora entra a costura.
Alinhava-se o tecido branco a um dos lados da sardinha, pelo lado direito, junta-se o pedacinho de renda. E cose-se. Depois a minha Mãe, acertou os dois lados da sardinha, com a ajuda da tesoura, chuleou, para os tecidos não se desfearem e com as duas laterais viradas com o avesso para fora, uniu-as, com ponto atrás, deixando um abertura para o enchimento.
O trabalho de virar a sardinha para o direito, requer alguma paciência e cuidado. Usamos uma agulha de croché.
A nossa sardinha já ganha forma, mas coitada, não vê o mar!
E porquê?
Porque não tem olho.
Vamos resolver-lhe este problema?
Cosemos um botão, na parte branca e já nada lhe vai escapar.
Agora pela abertura que deixámos, vamos encher a barriguinha do nosso peixe e fechamos a abertura com uns pontinhos.
Com o fio barbante, fiz um cordão simples, usando a agulha de croché e uni-o à parte de trás da cabeça.
E pronto, temos a nossa sardinha a saltar, fresquinha e maneirinha.
Digamos que já fiz trabalhos mais simples, mas o resultado superou todas as expetativas.
O nosso pequeno cardume, lá seguiu viagem, mar fora.
Iam felizes!
Do alto de uma onda, atiraram-nos um beijo e agradeceram-nos esta nova oportunidade.
Missão cumprida. Que venha de lá esse chá quentinho que bem merecemos 🙂
Paula Castanheira e Benilde Castanheira
Novembro de 2019
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