Reflexão

Será o vazio de um momento, o preenchimento de um novo acontecimento?

Será a escuridão de um instante, a luz de uma ideia brilhante?

Será o frio de uma noite de inverno, o calor de um aconchego?

Será um abraço de despedida, a chegada de novos amigos?

Será o anoitecer, a esperança de um novo dia?

Será o barulho das ondas do mar, o silêncio para o pensamento?

Será a voz rouca de um velho moribundo, a passagem de uma geração?

Será a morte de um ser, o seu renascimento?

A todo o instante colocam-se questões sem resposta que se alimentam das nossas escolhas. Queremos entender os acontecimentos que se desencadeiam à nossa volta, fruto de decisões instantâneas que fomos obrigados a tomar para ultrapassarmos os constantes desafios proporcionados pelo Universo. Somos livres de decidir o caminho que percorremos, escrevendo páginas da vida ao longo da nossa viagem pelo mundo terreno. Acreditamos que as escolhas que fazemos são as correctas, no entanto, por vezes escolhemos caminhos que nos levam a precipícios ou subimos escadas que vão dar a portas fechadas. Voltamos atrás e, humildemente, aprendemos com o erro cometido. Chamamos-lhe lição de vida – seja lá o que isso for -, mas conseguimos olhar em frente e vemos o mundo de outra maneira; torna-se mais amplo e o nevoeiro dissipasse. Algo nos faz entender que por vezes os caminhos mais fáceis não são os mais adequados para ir em busca das respostas que nos roubam o sono durante a noite. A incerteza de um momento torna-nos vulneráveis aos acontecimentos. O medo do desconhecido é real.