Como Coach de Carrreira deparo-me muitas vezes com a pergunta “como é que eu posso viver de forma mais simples e mais feliz?”
As pessoas sentem-se cada vez mais assoberbadas nos seus (demasiados) papéis, como se cada uma das personagens que encarna lhe provocasse um peso demasiado pesado para a coluna vertebral que receberam à nascença.
Por isso, esta pergunta surge muitas vezes: Se há artes para tudo, existirá também uma arte de saber viver? Como é que eu posso capacitar o meu dia-a-dia de tal forma que consiga alcançar um ideal de vida feliz e pleno?
Por muito que procuremos a resposta em livros, em pesquisas, nos exemplos dos amigos, família e desconhecidos, a resposta está dentro de nós. Ninguém vindo de fora nos pode dar o mapa para chegarmos a essa “serenidade”, pois ela está guardada dentro de nós desde o dia em que nascemos. O problema é que andamos muitas vezes por anos e anos à procura dela, à espera dela FORA do nosso íntimo. Achamos que a nossa plenitude, a nossa serenidade, a nossa felicidade está nos outros: no marido, nos filhos, nos pais, nos amigos, na profissão, achamos até que poderá estar nas coisas que compramos e acumulamos ou no nosso ego. Estes são caminhos que podemos calcorrear na senda da felicidade, mas o ponto de partida e de chegada desse mapa está em nós. No nosso amor próprio, no amor a nós mesmos.
Como o “segredo” está em nós, por vezes o caminho da descoberta torna-se ainda mais difícil. Porque nós somos seres curiosos: vamos criando camadas à nossa volta, camadas parecidas com as da cebola como diz o famoso ogre Shrek, e que nos vão toldando a visão e fazendo esquecer quem realmente somos. Se quisermos, de mapa na mão, ir conhecendo o nosso caminho até à “serenidade”, temos de descobrir a nossa “rua”, depois a “cidade” onde moramos, que “mares nos circundam”, e muitos “continentes” até chegarmos ao nosso cerne.
Só a descoberta em si nos dá felicidade. Porque vais descobrir aquele banco de jardim que não sabias que existia, aquele monstro de quem, afinal, já não tens medo, a energia que parecia estar escondida e que, agora, espreita em cada janela do teu caminho.
Muitas pessoas não encontram a tal “serenidade” porque ainda não perceberam que precisam de ter um sentido para as suas vidas, que lhes falta saberem o seu propósito. O que cá vieram fazer, para que serve a sua jornada, qual o objectivo das suas vidas.
A “serenidade”, a “plenitude”, a “felicidade”, é resultado de um caminho que faz cada vez mais sentido explorar, de dentro para fora.
E tu? Já desenhaste o teu mapa?
Carla Soares
Coach de Carreira
www.coachcarlasoares.com
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