Com o equinócio da Primavera é tempo de ficar mais tempo na rua, a sentir o calor do sol na pele, assistir ao pôr do sol cada dia um pouco mais tarde e inspirar bem fundo para sentir o perfume da estação mais fofinha do ano.
E é tempo de continuar a investir na pequena horta biológica em casa.
Falamos hoje de algumas dicas para fazer da sua pequena horta uma grande aliada!
Sendo a base da agricultura biológica o respeito pela natureza , a estrita proibição de pesticidas ou adubos químicos de síntese deverá estar sempre presente. O solo é também um das base fundamentais – toda a matéria orgânica não consumida é devolvida ao solo, que não deve ser revolvido a grande profundidade, num máximo de 10 cm e depois convém protegê-lo com palha ou outras plantas para não o deixar exposto às intempéries, à erosão e sol.
Pode também apostar na compostagem ou adubação verde. É útil para enriquecer o solo e pode ser feita através da trituração e incorporação de certas plantas no solo, como leguminosas que vivem em simbiose com micro-organismos que sintetizam compostos de azoto a partir do azoto do ar.
A agricultura biológica assenta também na biodiversidade para além de certas plantas atuarem como “defensoras” ou “ajudantes” de outras, chamadas de consociações, isto significa que se ocorrer uma devastação de uma espécie, por doença ou praga, há uma grande probabilidade de outras espécies resistirem e não haver a totalidade de perdas.
Mesmo as ervas a que chamamos daninhas ou infestantes têm o seu papel: umas são comestíveis, caso da beldroegas; outras enriquecem a terra, como o trevo; outras são excelentes ‘pesticidas naturais’, a urtiga; outras aceleram a compostagem (urtiga, consolda); e muitas são ainda medicinais como o dente-de-leão.
A agricultura biológica depende muito de insetos polinizadores, como as abelhas, e de insetos predadores de outros insetos “vegetarianos”, como é o caso da joaninha, uma feroz devoradora de pulgões e outras pragas que atacam as plantas.
Por isso, e porque a joaninha é extremamente sensível e só aparece onde não há aplicação de pesticidas, para os atrair, plantar certas flores (como os cravos-de-tunes) e as plantas aromáticas é uma ajuda fundamental. Os melros e estorninhos comem caracóis e lesmas, assim como os sapos. Pode atrair estes aliados fantásticos para a sua mini horta.
Aplicar também a técnica da Consociação, ou seja, aproveitamento do mesmo terreno, por duas ou mais culturas diferentes, na mesma época. Muitas espécies podem ser associadas entre si, porque se beneficiam mutuamente – consociações favoráveis ou positivas.
As flores e plantas aromáticas são essenciais nas hortas para atrair insectos úteis e para repelir pragas. Por exemplo a hortelã é uma planta muito útil para afastar insectos indesejáveis, mas deve estar plantada em vaso porque é invasora. Já a erva príncipe é um óptimo repelente de insectos indesejáveis e ainda dá para fazer um chá delicioso, mas é bastante sensível ao frio.
Pesquise um pouco, investigue e não se deixe desanimar, ver uma horta a crescer é das melhores sensações de contribuição ao planeta que podemos dar.
Saborear nem que seja ervas aromáticas plantadas pelas próprias mãos é um verdadeiro luxo!
Boa colheita!
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