A Teresa andava a ajudar a mãe a regar o jardim. Os dias andavam cheios de sol e as plantas, as flores, as árvores, deviam andar todas cheias de sede. Era tão bom andar ali fora, de regador na mão e a respingar tudo com a mangueira! A hora da rega era sempre uma animação. A Teresa gostava de cantar, dizia que até as plantas abanavam o caule a dançar bem-dispostas e ficavam mais verdinhas.
Naquele fim de tarde, a mãe pegou num vaso com algum desânimo. A Teresa, curiosa, foi a correr espreitar.
— Esta plantinha já morreu, Teresa. Vou deitá-la fora e assim ainda podemos aproveitar o vaso. Talvez lhe ponha umas orquídeas.
A Teresa ficou muito espantada, a olhar para a planta. Assim? Então as plantas morrem assim, sem se dar conta? Ainda direitinha e a balançar ao vento? Não podia estar morta.
— Ó mãe, não está nada morta. Está um bocadinho amarela, mas deve ser só sede. Tem estado calor!
— Não, Teresa, olha bem: está completamente seca, não tem nada verde, nem um rebento!
A Teresa calou-se, cabisbaixa, mas depois pediu à mãe que não trocasse já os vasos.
— Espera uns dias, uma semana ou duas! Pode ser que ela recupere!
A mãe sorriu e concordou. Afinal de contas não havia nada de urgente a fazer. E a Teresa pegou no vaso e foi procurar um lugar mais fresco. Levou-o até ao alpendre de casa, quase junto à porta, onde apanhava mais sombra, mas via o sol mesmo assim. Regou-a devagarinho, deixando a terra absorver a água de mansinho. E cantarolou-lhe, suave, uma das suas canções preferidas. No dia seguinte fez o mesmo, e nos outros todos também. Mas começava a perder a esperança e a dar razão à mãe.
Um dia, ao final da tarde, a mãe veio pedir-lhe ajuda, como de costume, para regarem juntas o jardim. Mas com um sorriso muito, muito feliz.
— Anda lá, Teresa, vem ajudar-me. Mas antes de pegares no regador vai dizer um olá à tua plantinha. E olha para ela com atenção.
A Teresa saiu de casa a correr. Olhou para o vaso e estava tudo na mesma. Será que a mãe só a tinha chamado para se despedir? Iria deitá-la fora e pôr lá as orquídeas? Mas depois, com mais atenção, viu uns rebentos pequeninos no caule, quase junto à terra. A planta estava a renascer!!!
A Teresa estava tão feliz que passou o tempo todo da rega a cantar e a fazer arco-íris com a mangueira.
Agora vamos lá! Pensar com Calma faz bem à Alma!
— Que qualidades definem a Teresa?
— A planta da história estava morta? Porquê?
— O que nos faz acreditar mesmo quando tudo parece mostrar o contrário?
— Devemos dar sempre uma segunda oportunidade às nossas vidas?
— O que é Renascer?
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