Há já alguns meses que eu pensava numa forma de conjugar a vontade crescente que tenho tido de viajar com a ideia de participar num programa de voluntariado ambiental.
E em Julho deste ano surgiu essa oportunidade.
Uma amiga que tem passado alguns meses em Bali deu-me a conhecer o programa de voluntariado da Ocean Mimic, uma organização não governamental de ambiente (ONGA) sediada em Bali que tem como missão inspirar a comunidade e capacitá-la para a protecção dos oceanos, através da educação das comunidades locais (p.e. escolas) e do desenvolvimento de uma comunidade internacional de limpeza de praias (componente prática e de sensibilização).
A Ocean Mimic tem ainda uma vertente de negócio, sediado no Reino Unido, para a venda de vestuário de surf/mergulho sustentável (fabricado com tecido feito de plástico reciclado e redes de pesca) como forma de obter receitas para sustentar as suas actividades.
Com pouco tempo para pensar, decidi candidatar-me ao programa de voluntariado para o mês de setembro. E cá estou eu a escrever-vos de Bali, já na recta final do programa.
A Ocean Mimic participou no passado dia 21 de Setembro no World Cleanup Day (Dia Mundial da Limpeza), um evento anual que tem crescido em número de participantes à escala mundial. E um dos meus contributos no programa foi dado na organização das mais de 40 limpezas de praia por todo o mundo que ocorreram nesse dia, coorganizadas entre a Ocean Mimic e instituições e cidadãos locais. Eu participei na limpeza de praia de Batu Bolong, em Bali, onde tivemos a participação de crianças e pais de uma escola local com os quais promovemos jogos para a sensibilização no consumo de plásticos.
Para além de querer contribuir para um mundo ambientalmente mais sustentável, com esta viagem quis sair da minha zona de conforto. Ao viajar sozinha, integrar uma equipa de voluntários desconhecidos, numa cultura tão distinta da minha, fui sendo posta a prova ao longo dos dias.
Viajar é sem dúvida uma das melhores formas de nos conhecermos, especialmente quando o fazemos sozinhos. Os estímulos que tenho recebido de todos os lados têm-me ajudado a olhar para as coisas de uma forma diferente.
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